sábado, 13 de agosto de 2011

ATIVIDADE 14 - Desenvolvida


ATIVIDADE 14

Reflexões sobre Currículo, Tecnologias e Escola.

Refletir sobre a Escola que temos, a Escola que queremos e a Escola que é necessário termos no século XXI não é tarefa fácil, pois envolve contradições, desejos variados e visões diferenciadas calcadas em teorias de pesquisadores, professores, cientistas, filósofos entre outros, cada um de uma época, embalados por suposições, constatações, observações, inquietações, enfim.
Concordo com Demo quando destaca a necessidade de se iniciar imediatamente a mudança na Escola pelo professor. Esse precisa entender, aceitar e conscientizar-se que a Escola não  pode ficar pressa a teorias ultrapassadas de muitos anos atrás que não mais condizem às realidades, necessidades e interesses de uma geração tecnológica.
Demo evidencia a questão da aprendizagem situada, que nada mais é do que a aprendizagem com significado. Aquilo que para qualquer pessoa se torna atrativo, interessante e importante.
A questão da interatividade é fundamental nos dias de hoje e a Escola não pode ignorar isso bem como tudo que se relaciona as novas tecnologias. Temos a nossa disposição diferentes, variados e atrativos recursos tecnológicos para desenvolvermos propostas interessantíssimas com os componentes curriculares. Mas, nos preocupamos se o aluno está de boné na sala de aula, enquanto esse se tornou um acessório tanto masculino como feminino; Em construir regras de convivência que proíbem o uso do celular na sala de aula (Se a maioria tem e utiliza, porquê não desenvolver uma proposta utilizando esse recurso?); Em proibir o uso de MP3, MP4, “MPTudo” como dizem os alunos (Quantos recursos tecnológicos envolvendo vídeos, sons e imagens podemos utilizar e associar aos conhecimentos de nossas aulas). E por aí vai... Defendemos, calorosamente, causas que, muitas vezes, nem paramos para analisá-las com sabedoria.
Sempre que reflito sobre tecnologia e escola constato uma enorme distância entre o pensamento dos professores e dos alunos e acredito que ela existe muito mais por parte dos professores. Sei que existem exceções, mas também muitas pessoas que ainda não conseguem enxergar que esta realidade é irreversível e não comporta pensamentos que não a incluam na rotina do processo de ensino e aprendizagem. Não é uma questão de querer e sim de ser. A partir do “bum tecnológico”, principalmente o advento da internet, o mundo tem uma nova “cara” e ela é colorida, animada, cheia de sons e tons e acontece simultaneamente, no agora, é interativa, colaborativa, atrativa e muito rápida.   
Para alguns, certamente, não é fácil, mas não é impossível, basta disponibilizar-se a aprender, pois a grande sacada do século XXI é estar disposto a aprender.
Não quero que compreendam que de agora em diante temos que ignorar tudo o que aprendemos ou sabemos e substituir. Não! Temos que agregar, somar, socializar e interagir com um mundo divertido, cheio de novidades que facilitam o nosso dia-a-dia tanto no trabalho, como no lazer e na forma de construir conhecimentos.
Eu, particularmente, a cada dia que passa, gosto, curto e procuro aprender mais para poder desfrutar das tecnologias que se apresentam, com sabedoria e inteligência tornando minhas práticas mais significativas.
Mediante minhas inquietações e reflexões constato que o currículo escolar não  abrange a realidade cultural dos educandos, mas acredito que se os professores em parceria com as partes que constituem a Escola se conscientizarem e disponibilizarem para que esta realidade se transforme é possível sim construir um currículo que contemple os anseios da comunidade/sociedade na qual a Escola está inserida. Na verdade ela é a própria comunidade/sociedade que destaco. O currículo é tudo o que compõem a vida das partes envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, por isso tem que ser atrativo e envolvente para se tornar significativo.
Não podemos esquecer que o conhecimento não se dá apenas entre as quatro paredes da Escola e que o professor não é o único que pode proporcionar aprendizagem aos alunos. O conhecimento ocorre das mais variadas formas, através de diferentes instrumentos e interações entre pessoas, cada vez mais de forma rápida e sem fronteiras.